Festival Rider #DáPraFazer: É pra meter a cara!
Geração de fazedores toma conta da Gamboa no primeiro dia de #dáprafazer, que ocupará o Rio em quatro edições itinerantes
Publicado em 03/2017
O primeiro dia chegou com o pé na porta. MC, produtora, diretor de videoclipe, cantor, chef, DJ, professora de dança, fotógrafo. Não importa. A Rider tá ligada em quem mete a cara e faz acontecer na cena carioca. E não dava pra ser diferente. Mais de trinta atrações simultâneas em cinco ambientes diferentes rolando por mais ou menos quinze horas seguidas com alguns dos maiores fazedores da cidade – e esse foi só o primeiro dia.
A Gamboa ficou pequena para receber os criativos que foram dividir suas experiências de empreendedorismo e mão na massa. E não foi à toa que esse foi o primeiro cenário escolhido para receber o festival – que ainda acontece por três sábados seguidos em Madureira, Caxias e no Recreio, respectivamente. Antes e após a revitalização, essa região da cidade borbulha de eventos e iniciativas criativas que vão muito além dos megalomaníacos Jogos Olímpicos. Coisa autêntica mesmo, que abraça tanto o espaço público quanto os antigos e charmosos galpões.
Para abrir os trabalhos e mostrar logo a que veio, a programação desse sábado trouxe Gabriela Ziriguidum e Sista Katia num papo de mana pra mana sobre autoestima, organizado pela RAXA Colectiva – no men allowed. Nos arredores, logo ali do outro lado da linha do VLT, pulsava o Circo Indie, com alguns dos empreendimentos mais promissores do momento. Barbeiragem para quem é de barbearia, O Grito para quem é de brechó e mais mil e uma pequenas e neomarcas que estão dando o que falar por aí.
E se a pedida era trocar um papo reto com quem faz e inspira muita gente por aí, o espaço dedicado ao Papo de Fazedor abriu a roda para a galera trocar. Kondzilla, dono do canal de funk mais bombado desse sistema solar (ou você acha que mais de 5 bilhões - B I L H Õ E S - de visualizações é besteira?) dividiu sua história de fazedor desde os tempos em que não tinha um puto no bolso pra sonhar em ser o maior diretor de clipes do Brasil. “Começar do zero é mole, difícil é começar do menos cem”, metralhou. Nosso Fernando Schleapfer foi outro que trocou com a galera a história de quem vai lá e faz. “Esse papo de ‘faz o que você ama e vai parecer que você não trabalha’ é falácia. Tem que estar comprometido, mas quando tem tesão fica mais fácil”, garante.
No Palcão, Lila, Whipallas e Baleia aqueceram a tarde chuvosa como os nomes que estão causando em outros palcos por aí – se você não ouviu algum deles, está de bobeira! Pode correr pro Spotify! Mais tarde foi a vez do Fióti seguir com o line-up e mostrar que fazedor que é fazedor joga nas onze. Depois de cuidar da carreira do irmão Emicida e do selo Laborátório Fantasma, Fióti também mostra sua faceta cantor com um setlist que reúne faixas dos álbuns “Gente Bonita” e “Nego Lutou”.
A noite seguiu com a musa 100% feminista MC Carol mandando o papo reto a convite da Raxa Colativa. As festas Batekoo, Novo Romance e Manie Dansante garantiram a pilha até altas horas e desfilaram pelos arredores do Galpão Gamboa, levando o festival, literalmente, pra rua.
Já deu pra ver que programação lacradora não falta, né? Semana que vem o encontro marcado da geração de fazedores é em Madureira, com gente de verdade mostrando que #dáprafazer aqui e agora. E aí, vamo junto?