RAP BIRTHDAY, AIR MAX!
Craques da rima e do esporte celebram os 30 anos do icônico tênis
Publicado em 03/2017
Para celebrar o aniversário do agora trintão Air Max, a Nike fez mais do que espalhar umas bexigas e chamar uns amigos para encher a cara. Como boa anfitriã, fechou com chave de ouro o último final de semana da Casa Air Max, em São Paulo, com as visitas de Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho e shows de uma verdadeira seleção brasileira de rappers.
Descontraída, a dupla de craques chegou no sábado (25) em um Hummer adesivado para abrir o último final de semana da casa da Nike. Após gravarem entrevista para uma emissora de TV, os Ronaldos deram um rolê pelo espaço, todo customizado em homenagem à criação do designer Tinker Hatfield, que em 1987 lançou o que viria a ser um dos maiores ícones da cultura sneaker mundial. De quebra, ainda ganharam homenagem do rapper Fabio Brazza, que recitou seus versos sobre os gênios da bola.
No domingo (26), a marca formou um esquadrão de rappers que fizeram com que cada centímetro quadrado da festa fosse tomado. Aori Sauthon (o MC Lapa), Rincon Sapiência, Tássia Reis, Rico Dalasam, Nego E, Lívia Cruz e Amiri subiram ao palco. Cada MC cantou duas músicas, assim, rápido e pesadão, numa sinergia entre público e músicos, num prenúncio do que estava por vir: o lançamento de um clipe inédito.
Gravado na própria Casa Air Max, o clipe reúne numa só track todo o time com um tema em comum: a revolução. “Mostrar nossa resistência e nossa revolução, com a força das palavras é o que a gente sabe fazer”, sintetizou Nego E. “Cada um criou seu verso sozinho. Quando mostramos uns para os outros, parecia que havíamos feito tudo junto, tamanha a sintonia do grupo”, lembra Aori, que completa: “Esse time é um marco na história do hip hop nacional”.
Para Lívia Cruz a mensagem da música é forte e necessária. “Existe uma discussão sobre raça muito importante acontecendo no hip hop. Esse cypher é uma grande fonte de realidade e informação para as pessoas que respeitam e estão interessadas em conhecer o verdadeiro rap e o hip hop. Estou muito feliz de estar inserida nisso”. Clica aqui pra assistir!
Emicida encerrou a noite com sua apresentação cheia de flow e músicas cantadas em coro por grande parte dos presentes. Era hit atrás de hit. Empolgado, o público se aglomerava junto ao palco para chegar ainda mais próximo do MC, além de aproveitar para fazer mais cliques e vídeos de pertinho.
Quem assistiu tudo “in loco” foi a galera de seis grupos de corrida, que colaram em peso na Casa Air Max. Ghetto Run Crew, Vem Com Nóis, Closeyros, Vicio, Pura Vida e Cria, chegaram chegando ao som da dupla Tropkillaz, depois de partirem de pontos distintos da capital paulista.
Quem abriu os trabalhos musicais tanto no domingo quanto no sábado foi a galera do coletivo eletrônico Metanol, que reúne o áudio ao visual em suas apresentações. “O primeiro ponto que a gente bate é que tratamos o visual e som com a mesma intensidade”, afirma Akin Deckard, um dos fundadores do grupo. Os recursos se complementam para passar um recado, conforme explica o músico. “Muitas vezes os visuais servem como um apoio muito mais preciso para traduzir a ideia que a gente quer passar ou até uma nova maneira de absorver certas sonoridades”, completou.
Com essa intensidade se encerrou o último dos três finais de semana da Casa Air Max, em São Paulo. Mais dois dias dignos de encontros, gente, música, arte e esportes. Endorfina lá em cima, que coroou a festa e fez coincidir de forma tão única o apagar das luzes do 1811 da avenida Paulista com o assoprar das velas dos 30 anos de uma lenda da cultura urbana.