Endorfina lá em cima, bumbum no chão

“Estamos ligados no 340 volts”, brincou um grupo que chegou na Casa Air Max depois de correr 5 km. A definição foi certeira, o segundo final de semana do evento da Nike na Avenida Paulista, em São Paulo, foi frenético! Rolou festa, corrida, show, treino, tudo junto e misturado. Haja energia para acompanhar o pique da galera!

A noite de sábado (18) começou ao som de funk, hip hop e dance hall da festa Batekoo. A pista até parecia magnética e puxava todo mundo para rebolar até o chão e dar show de twerk. Como o nome da festa já sugere, rolou muita bateção de bunda e até concurso que premiou, com um Air Max, a melhor performance do público. No final da noite, o rapper Rico Dalasam subiu ao palco para um pocket show com suas rimas afiadas sobre aceitação, amor e trajetória de vida. 

A bateção toda continuou no domingo (19) mas, dessa vez, em forma de treino. As master trainers Fernanda Queiroz e Manu Rangel comandaram o NTC (clube de treino da Nike) na casa. Foi tipo um twerk funcional, a galera fazia agachamento enquanto dançava funk. O treino foi pesado, mas você acha que eles arregaram? Que nada! Todo mundo estava felizão, se divertindo, cantando e dando risada enquanto se equilibrava nos exercícios e secava as gotas de suor.

Duas turmas de corrida animadonas também se encontraram por lá. A Cria Crew saiu do Beco do Batman, na Vila Madalena, e o Vicio saiu do Obelisco, perto do Parque Ibirapuera. Ambas correram 5 km e chegaram praticamente ao mesmo tempo no evento, levantando - literalmente - suas bandeiras e elevando a energia do espaço a mil.

A Cria é do Rio de Janeiro e veio para São Paulo só para correr com a Nike. “A gente sempre faz essas ‘bomb trips’ de corrida em outras cidades”, diz Társis Gonçalves, fundador da crew. “Queria juntar pessoas com diferentes estilos de vida e que praticam esporte por prazer e diversão. Somos amigos, estamos sempre juntos, somos tipo uma gang”, conta sobre a “criação” da Cria.

Já o Vicio surgiu da proposta de três amigos publicitários que queriam que as pessoas trocassem seus vícios ruins pelo vício saudável. Marcio Bento, um dos fundadores do grupo, disse que, além da galera correr os 5 km, ainda rolou um plus de 30 agachamentos e 30 flexões pelo caminho, tudo para homenagear o aniversário de 30 anos do Air Max.

Esse vício pelo esporte também infectou o rapper Rashid, que fechou a noite de domingo com um show surpresa. Ele falou para gente que começou a correr por causa da insistência da Nike. “Fui me empolgando aos poucos e correr vicia mesmo, literalmente. Inclusive, já puxei o bonde da firma. Agora, todo mundo lá corre junto”, conta, sobre a galera da sua produtora, Foco na Missão.

Tássia Reis, que também se apresentou na casa, até começou a correr com a Nike, mas sua agenda cheia não a deixou continuar. “Eu quero muito voltar a praticar atividade física. Às vezes me dá uns ataques de Beyoncé no palco e preciso ter um condicionamento físico melhor para isso”, brinca a rapper.

Já que a palavra do finde foi essa, sabia que Tássia e Rashid têm uma música juntos chamada “Vício”? Pois é. Os dois têm bastante em comum e sempre trampam juntos. “Temos as mesmas lutas”, comenta ele. “Vivemos em um país racista, classicista e homofóbico. A gente foi construído como cidadão com vários tipos diferentes de preconceito. O que eu quero é que as pessoas se entendam. Quero colocá-las lado a lado”. Além dessas lutas, a posição política de Tássia também é totalmente feminista: “É importante todos terem direitos iguais. As opressões funcionam de maneira agressiva e fazem parte da minha vivência. Não tem como não falar disso nas minhas músicas”.

Neste fim de semana, o Air Max assoprará as velinhas e se tornará, oficialmente, balzaquiano. Demos uma olhada na programação da Casa Air Max e, olha, vai ser uma festa de arromba (confere aqui!). Nos vemos lá para cantar parabéns pelos 30 anos do Air Max e nos despedirmos do casarão colorido? Beleza, encontro marcado no número 1811 da Avenida Paulista!