Casa Air Max e suas mil e uma atrações na Paulista
Espaço comemorativo dos 30 anos do Air Max tem batalhas de MCs, corrida purpurinada e uma casa coloridona cheia de interatividade
Publicado em 03/2017
“A única regra formal das batalhas é não ter contato físico. Existe uma ética de nunca falar da família, envolver a mãe ou expor sexualidade, mas vai de cada MC”, conta Vick, vencedor da batalha de MCs comandada pelo rapper Emicida na Casa Air Max, no último sábado (11), em São Paulo.
À primeira vista, uma batalha de MCs pode parecer, basicamente, dois moleques se ofendendo com rimas em cima de uma base musical, mas envolve senso de humor, raciocínio rápido, flow e improviso. Após se destacarem em suas batalhas locais, Vick, Master, Drewan e All foram escolhidos para um confronto de rimas no evento da Nike. Muitos presentes no público assistiram uma batalha pela primeira vez ali e vibravam com o freestyle, conforme contou Master.
O sistema de cruzamento das batalhas foi simples, num esquema semifinal e final. Master x Drewan e All x Vick começaram a arte da improvisação, que era julgada por aclamação, palmas e urros. Mais ovacionados, Master e Vick subiram uma segunda vez ao palco, para a decisão. Vick se deu melhor.
“Foi uma experiência única poder rimar no mesmo palco do Emicida. Para mim, isso já foi um prêmio. Fico até emocionado”, garante All, mesmo depois de ter sido eliminado no primeiro round.
Tudo isso rolou em meio à festa black Discopédia. A galera se divertiu cantando “I'm Still In Love With You”, caindo no passinho coreografado com “Uptown Funk” e sensualizando até o chão ao som de Rihanna.
Nos pés do pessoal, só dava Nike! Era até engraçado ver um olhando, apontando e admirando o tênis do outro. “Todo mundo quer mostrar uma conexão com a marca”, comenta a blogueira Loo Nascimento, que completa: “o evento está pulsando brasilidade, criatividade e inclusão. Trouxeram um pouco de cor para esse momento tão cinza que a cidade está passando”.
O impacto começa de fora. A Nike transformou, em plena Avenida Paulista, um grande casarão branco em uma instalação de arte. A construção clássica, que antes abrigava uma agência bancária, mantinha o público de fora e, agora, se abre aos finais de semana para comemorar os 30 anos do Air Max. A fachada perdeu a cara austera e ganhou a pintura colorida do grafiteiro Arlin Graff.
O espaço inteirinho parece que foi feito para ser fotografado. Para qualquer canto que se olhava, tinha alguém apontando a câmera do celular. Ao passar pelo hall de entrada, a gente se depara com um Air Max gigantesco pendurado no teto. E dá-lhe selfie!
Em cada cômodo da Casa Air Max rola uma atividade interativa. A mais disputada é a sala que faz fotos 360º. Parece que todo mundo quer viver um momento Oscar, já que a fila dava voltas e descia as escadas. Também rola um espaço para ~atacar de DJ~. Lá é só chegar e criar uma música. Outra coisa legal é a presença do artista Sanches, que ajuda a galera a customizar o próprio tênis com spray. Tudo para você poder sair com um par de Nike personalizado que ninguém mais vai ter.
“A Nike escolheu o casarão na Avenida Paulista para poder comemorar os 30 anos do Air Max no coração da cidade. Aqui, o consumidor passa por experiências para celebrar esse tênis tão icônico. A gente quer se conectar com o esporte, estilo, música, arte e, claro, com a cultura sneaker. Queremos que o público vivencie tudo o que acreditamos”, diz Tim Stuijfzand, diretor sênior de marketing da Nike Brasil.
O domingo (12) começou com uma competição de enterradas de basquete no meio da rua que, inclusive, nos rendeu cliques fantásticos. No final do dia, dois grupos de corrida se encontraram por lá. O Closeyros, da blogueira Magá Moura, saiu do Minhocão, percorreu 4 km e chegou na Casa Air Max cheio de animação e espalhando purpurina. O grupo mega colorido tinha música alta, tiaras de unicórnios, coroas, boias, saias de bailarina e muito glitter. “A galera estava linda e super alto astral. Todo mundo se enfeitou com acessórios que são a minha cara”, conta Magá.
O outro grupo, do Ghetto Run Crew, saiu da Red Bull Station, no centro, percorreu 7 km, e chegou na casa um pouco mais suado e praticamente uniformizado com suas camisetas pretas. A galera veio diretamente da Zona Norte do Rio de Janeiro para puxar o treino e conquistou, inclusive, o rapper Marcelo D2, que, após recuperar o fôlego, ainda fez um show surpresa. E pensa que os corredores chegaram cansados? Nada! Eles animaram o show do início ao fim, sem descansar nem por um segundo.
D2 contou para gente que é “sneakerhead” e viciado em corrida. “Eu tenho um padrinho da corrida, que é o Seu Jorge. Ele parou de fumar e começou a correr. Aí falou que eu tinha que entrar nessa também. Eu já tinha dado uns três perdidos até que um dia me botaram para correr com a [atleta] Fernanda Keller. Sou muito fã dela e não quis furar. Foi aí que comecei. Ela foi muito 'cool' e me ajudou muito. O Seu Jorge é meu padrinho e a Fernanda minha 'coach'. Rapidinho eu já me apaixonei e passei a correr pra caramba", conta.
Curtiu, né? A Casa Air Max fica na Avenida Paulista, 1811, em São Paulo. É aberta ao público aos sábados, das 12h às 16h e aos domingos, das 12h às 22h, até o último final de semana de março. Para participar das corridas e treinos funcionais, é preciso se inscrever pelo site. Dá pra conferir a programação completa e todas as informações sobre o Air Max Day em www.nike.com/airmax. Nos vemos lá no próximo fim de semana!