Bazar não! (Belchior) Brechó
O brechó mais maneiro do Rio inaugura nova loja em Ipanema
Publicado em 08/2016
O que é o que é: tem camisetas, casacos, calças, vestidos, saias, sapatos e mais um monte de roupinhas maneiras com precinho camarada e boas memórias? Bazar? (Pelamordi, não use esta alcunha!) É brechó, aquela loja de roupas usadas por pessoas que, por incrível que pareça, já não querem mais saber daquela maravilhosa jaqueta de paetê. Assim é o Belchior Brechó, que nasceu em 2013, com eventos mensais itinerantes. No ano seguinte, montou um espaço fixo que abria aos fins de semana na garagem de uma simpática casa no Humaitá e, em janeiro de 2015, conquistou a casa própria na Fábrica da Bhering. Foi no espaço da Zona Portuária que centenas de pessoas conheceram o Belchior, nos diversos eventos (lotados) que rolam por lá, e se apaixonaram de vez. Desde então, a loja triplicou de tamanho, os sócios começaram a viajar para garimpar produtos incríveis na gringa e, nesta segunda-feira, o brechó inaugura sua segunda loja, em Ipanema.
“Ipanema é o berço da moda carioca. Foi onde grande parte das marcas de moda nacional surgiu. Ao mesmo tempo, é um bairro muito diverso, um bairro de misturas, e nesse ponto se encontra com o Belchior. O Belchior é para todos, democrático. O preço é um ponto inclusivo e não exclusivo”, diz Kim Courbet, que divide a paternidade do Belchior com Helo Magalhães, Felipe Doyle Maia, Sergio Babaucar e Iza Machado.
Não pense que o nome deste filho é uma homenagem ao cantor que é apenas um rapaz latino-americano sem dinheiro no bolso. “A palavra brechó foi inventada no Rio de Janeiro a partir da corruptela do nome do comerciante que abriu a primeira loja de produtos usados. Seu nome era Belchior”, conta Kim.
“O Belchior surgiu do desejo de mudança no mercado de vestuário. Surgiu com o objetivo de se tornar uma alternativa justa com produtos de qualidade e preço acessível. Um lugar onde todos ganham: quem se desfaz do que não usa mais é pago e ganha espaço no armário, o belchior faz sua parte e ganha por isso, quem compra paga menos e o planeta agradece”, diz. O criterioso processo de curadoria da equipe é usado em larga escala durante as viagens para garimpar peças com sotaque estrangeiro. No passaporte já foram carimbadas passagens por Nova York, São Francisco, Los Angeles, Paris, Berlim, Lisboa, Porto, Sevilha e Barcelona. De todos os lugares que visitaram, Kim elege três brechós como os melhores: Wasteland, em São Francisco, Sommerladen, em Berlim, e o B.Luxo, em São Paulo.
Nesses rolês em tantas cidades com moods e identidades diferentes, o que uma roupinha precisa ter para estar entre as araras do Belchior? Um encanto, um pezinho no industrial, perfume handmade, vibe rock’n roll ou country. “O resultado é uma estética industrial e vintage, que, consequentemente, tem muita influência americana”, conta Kim. Pense em incríveis jeans, peças em couro, casacos e jaquetas cheios de personalidade e camisetas charmosas. Tudo isso agora também reunido ali no Fórum de Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 351).
Obrigado nós.