My adidas
Histórias de 12 sneakerheads com a marca das 3 listras.
Publicado em 11/2014
Fomos convidados para mais um trabalho com a adidas originals, dessa vez tanto fotografando quanto dando o nosso relato.
A exposição My adidas aconteceu no Arte Core 2014, e foi criada pensando na importância que esses sneakers têm para algumas pessoas.
Selecionamos 12 desses sneakerheads para retratá-los com seus pares enquanto contam suas histórias de amor com a marca das três listras.
Fotografia: Fernando Schlaepfer
Assistência: Juliana Santos
Texto: Paula Jacob
Modelos: Felipe Veloso, Nicole Nandes, Caio Braz, Bill, PH, Maíra Botelho, Michelle Andrade, Marcelo Ment, Fernando Schlaepfer, Hayala Garcia, Raphael Lima, Luís Gonçalves e Tobias Sklar.
Minha relação com a adidas é de criança, usava as peças como uniforme para educação física na escola. Quando cresci fui acompanhando o desenvolvimento da marca, as parcerias com grandes nomes da indústria musical e da moda. Sendo uma marca sempre próxima do público.
Escolhi esse tênis, porque foi amor à primeira vista. Sempre gostei muito de estampas coloridas, padronagens gráficas. Quando vi um tênis da adidas vermelho com estrelas brancas, pensei “preciso ter esse tênis”. Comprei, adorei e adoro-o, uso ele com meia de estrela, camiseta de estrela. Esse visual bem gráfico.
Felipe Veloso, Stylist
A adidas originals sempre foi a marca do meu coração, diversos modelos fazem parte da minha jornada sneakerfreaker. Posso citar vários, mas prefiro contar os motivos que me levaram a escolher o Nizza Hi II: foi amor à primeira vista em 2009, enquanto eu navegava em uma página gringa especializada no assunto. Começava então a minha saga de ter dois amores nos meus pés: tênis + estampa africana. (...)
O Nizza foi o escolhido, entre os demais adidas que eu tenho para a foto do My adidas por termos essa relação de amor e claro por ser super especial na minha vida. E ele eu não vendo, não dou, não troco e trato muito bem dessa relíquia!
Michelle Andrade, Sneakerhead, PR e Criadora do detenis4ever
Escolhi esse tênis, porque gosto muito dele, e foi logo de cara. Eu tenho uma coisa que quando cismo com um tênis, uso ele em todos os lugares até acabar. E com esse não foi diferente. Durante uma viagem eu saí sem roupa de pintar e surgiu uma oportunidade de pintar na rua, não recusei e acabou sujando o tênis. E virou meu tênis de pintar. Acompanhou-me em várias viagens, não só no Rio de Janeiro.
(...) Minha admiração pela adidas começou de moleque, com os tênis e moletons. Acredito que tenha sido pela influência dos primeiros videoclipes de rap e hip-hop, com aquela pegada old school que a marca sempre esteve presente.
Marcelo Ment, Grafiteiro
(...)Quando comecei o Pimp My Sneakers, meu trabalho de personalização, escolhi fazer em sapatos no geral, mas sempre foquei bastante em tênis. Esse que escolhi para a foto comprei no outlet da adidas originals em Pinheiros, SP. Ele era todo branco, estava esquecido no meio de tantos outros. Comprei, usei algumas vezes, mas quis colocar um pouco de cor. Decidi fazer camuflado, porque conversa com meu estilo, combina com as roupas que eu tenho e tudo mais. Hoje em dia todo mundo vê ele com outros olhos. Gosto de fazer esse trabalho de dar um up nos modelos. Juntei duas coisas que gosto muito, meu trabalho e uma marca que admiro.
Maíra Botelho, Designer/Pimp My Sneakers
A escolha deste tênis tem a ver com minhas paixões: sneakers e futebol. Tenho uma relação de admiração pela marca desde os primeiros chutes na bola da escolinha de futebol da minha cidade. Essa paixão pelo futebol cresceu e a admiração pela marca que patrocinava todos os grandes clubes nacionais da década de 80 acompanhou esse crescimento.
(...)No colégio, mais um ícone da adidas despertou minha atenção: o casaco college de helanca azul marinho com as famosas 3 listras na manga. Os anos foram passando e atrinca "adidas + futebol + sneaker" foi ficando mais sólida.
Hayala Garcia, Designer, grafiteiro, sneakerhead e criador do Moro na Rua.
Minha relação com a adidas parte de como ela se relaciona diretamente com o meu modo de vida. Os produtos são streetwear, as peças são bonitas e confortáveis, bem versáteis. Quando olho para a marca e vejo o hip-hop, nas coleções regulares e nas feitas com grandes nomes da música, como a com a Missy Elliot.
(...)Dois clássicos e esse branco com a listra vermelha, que está ai resistente e deve ter uns 20 anos. Inclusive o da listra preta está na casa da minha mãe, mas não consigo jogar fora.
Nicole Nandes, Produtora cultural/CEO na empresa LUV
(...)Escolhi esse tênis, porque além do modelo não ser tão seco, a parte interna é de couro, ou seja, dá para ficar o dia todo com ele sem ele soltar cheiro, e as cores, marrom e amarelo que eu gosto muito dessa combinação. Não temos nenhuma história juntos, ainda!
Bill, Sócio na Homegrown
Minha relação com a marca, na real, veio pelo grupo de rap RUN DMC, que sou fã desde moleque. Através deles meu gosto por esse gênero musical começou e determinou criticamente meu estilo de vida! (...) Que de repente me colocou onde estou hoje, como participante direto através da Homegrown, no Arte Core!
PH, Sócio na Homegrown
Escolhi esse modelo por ele representar meus ascendentes, que vieram da Alemanha, também porque gosto muito do time da cidade, o Bayern de Munique. O München Made in Germany foi desenvolvido em homenagem aos jogos de 1972, a produção era local, tudo feito à mão.
(...)Busquei em sites da Europa, e descobri que tinha uma loja na Irlanda com modelos disponíveis. De primeira o vendedor não queria efetuar a compra por eu ser de outro país. Expliquei a “urgência” e trocamos alguns e-mails, quando ele me informou que abririam venda online de alguns pares. Virei a noite e consegui comprar o único tamanho 43, sendo que eu calço 44.
Luís Gonçalves, Sneakerhead
Em 2010 por meio da Vista, fizemos um trabalho com a adidas skateboarding e originals aqui no Brasil, que chamava “Destroy & Create”. O projeto conteve vídeos e material especial para a revista, inclusive um evento especial. Entre a equipe toda da marca, o Mark Gonzales estava na festa, meu maior ídolo no skate. Em 2011 coordenei a tour com a equipe brasileira de skate em várias cidades. (...) Recentemente achei tudo, como estava fazendo mudança tive que jogar as coisas fora, mas o tênis eu guardei junto com alguns modelos que coleciono.
Tobias Sklar, Jornalista e responsável pelo conteúdo da Vista
(...)Escolhi o adidas Hemp, porque temos uma história engraçada juntos. Em 1990 não conseguíamos comprar tênis limitados como esse, então juntei um bom dinheiro para comprá-lo e finalmente consegui. Usava muito pouco, o guardei por muito tempo. Por ser feito de um material sensível, ele podia estragar fácil, não que fosse ruim, era só uma característica da fibra. Com o tempo apareceu um furinho ou outro no tênis, nada demais. E aí em 2002, na época estava namorando, eu deixei o Hemp num cantinho do quarto da minha namorada, e minha ex-sogra viu o furinho e jogou fora. Sem avisar. Depois me disse que ia comprar, mas não tinha como, porque não tinha mais para vender. Fiquei bem P. da vida.
Raphael Lima, DJ/Locutor
(...)Quando se trata de estilo, curto criações novas, com pegadas modernas. Ao mesmo tempo, os clássicos sempre costumam me conquistar, afinal, para se manter por tantos anos comum status bacana, a peça deve ser realmente incrível. A adidas tem muito disso, criar ícones atemporais e despretensiosos. E é aí que a gente se encontra tão bem. É exatamente essa pegada clássica que eu vejo no Gazelle, um dos grandes ícones da marca, que eu uso bastante. Sem deixar o estilo de lado, o modelo tem é irreverente e despojado, e, especialmente o vermelho, representa muito meu estilo de vida: divertido e colorido, pra mandar o tédio pra bem longe.
Caio Braz, Apresentador
A adidas foi a primeira marca que eu lembro de ter me interessado quando moleque, provavelmente por ter visto os Beastie Boys usando muito, e através deles comecei a me interessar por rap. Descobrindo referências nessa pegada good vibes, descobri o RUN DMC lá pors meus 12 anos – e bem, My adidas, nem preciso falar né?
Escolhi o Superskate Mid Star Wars (Strom Trooper), porque adoro o model superskate e sou mega fã da trilogia clássica de Star Wars. (...) Anos se passaram, e meu grande amigo-assistente-irmão Super Chico volta de viagem, com um grande embrulho para me dar de presente. Advinha o que era? :)
Fernando Schlaepfer, Fotógrafo e fundador do I Hate Flash