Skate é sonho e herança
Lançamento do filme "O sangue venceu", a realização do sonho de um diretor e o legado de um skatista
Publicado em 12/2016
Algumas crianças sonham em subir ao palco, outras querem ir pro espaço. E Alexandre Marcondes queria fazer filmes de skate, "desde bem novo mesmo", ele reforça. A realização desse sonho rolou no último fim de semana, na Homegrown Tijuca, com a apresentação de O sangue venceu, seu primeiro filme de skate, e exposição de fotos feitas por David Argentino durante as gravações - as mesmas que estão neste zine. O curta foi rodado em Brasília, com o skatista Gabriel Erckman como protagonista e direção de fotografia também assinada por David.
O filme de pouco mais de três minutos foi, indiretamente, batizado pela mãe de Gabriel. Filho de pai skatista (que ele não chegou a conhecer), o rapaz começou a se envolver com a cultura skate cedo, e, um dia, ao chegar em casa, ouviu de sua mãe: "É, meu filho, o sangue venceu, né?". "Ficamos uns 10 dias em Brasília produzindo o filme. Foram cinco dias andando de um lado para o outro escolhendo as locações e mais cinco dias filmando. Depois ainda rolou muito tempo de montagem e finalização. Nem sei dizer no total quanto tempo levou", comenta Marcondes.
O lançamento de O sangue venceu marca a estreia do Imerso, novo canal de conteúdo do I Hate Flash. "Assim como todos esses filmes temos feito, o Imerso nasce da vontade de criar um conteúdo que nos deixa felizes de fazer. E sentíamos falta de um canal que conversasse com a nossa linguagem para escoar essa produção de uma forma maneira. Ao mesmo tempo, o I Hate Flash queria esse tipo de conteúdo. Então, resolvemos nós mesmos criar esse canal, dentro do I Hate, e usar para aglutinar outros produtores de conteúdo que têm uma visão que casa com a nossa e querem falar de skate, bike e outros esportes de ação", explica o diretor do filme e gerente de vídeo aqui da firma.
Se Gabriel puxou de seu pai a paixão pelo skate, Marcondes herdou o bom humor paterno: "Meu pai sempre foi um cara bem brincalhão, que sabe não levar tudo tão a sério e sempre viaja muito em mil ideias mirabolantes. Acho que eu peguei um pouco disso". Se as ideias mirabolantes forem tipo esse filme, a gente que agradece.