MC Carol reinou no desfile da LAB na SPFW

Diz aí quais são os pré-requisitos pra seguir a carreira de modelo. Se for pra atravessar a passarela da LAB na São Paulo Fashion Week, só precisa ser humano mesmo. Nesta semana, a marca dos irmãos Emicida e Fióti armou sua terceira festa na maior semana de moda da América Latina, com aquele mesmo combo do primeiro desfile, no ano passado, que chamou atenção do país inteiro: criatividade, energia, talento, diversidade e, é claro, rap.

Se nas temporadas anteriores a LAB falou de herança e ancestralidade, agora ela quis olhar pro futuro, um futuro com liberdade, como os passarinhos - daí a cartela de cores cheia de azuis e estampas de penas e aves. Entre modelos de todas as cores e tamanhos, uma convidada especialíssima, importada diretamente de Niterói: a minha, a sua, a nossa MC Carol. Dos palcos para a passarela.

A trilha sonora foi feita ao vivo, enquanto Rael, Fióti, Drik Barbosa, Kamau, Coruja BC1 e Emicida cruzavam a passarela ou assistiam ao desfile. Mas Carol não, ela foi só pra brilhar e dar close - e recebeu tantos gritinhos de “rainha”, “uhul” e assobios quanto Gisele Bündchen, sem exagero. 

Se a gente já ficou arrepiado, imagina o que ela sentiu. Não precisa só imaginar, a gente perguntou. Diz aí como foi brilhar na passarela da SPFW, Carol:

“Estar aqui parece um sonho. Quando eu era pequena, me falaram que eu não poderia virar modelo e hoje tô provando o contrário... Provando que a gente pode ser o que a gente quiser! Acho que tô representando muitas pessoas que não tão nesse padrão imposto pela sociedade, de você só conseguir chegar em certos lugares se for branca, magra, formada em universidade. A Lab tá fazendo algo que nenhuma marca de roupa faz, e não tenho palavras pra agradecer o convite do Emicida e do Fióti.
Tava morrendo de medo porque desfilar é bem diferente de estar no palco e cantar funk, mas no final deu tudo certo.”

Não foi à toa que ela desfilou com uma coroa dourada na cabeça, né, mores?