Sal para comer
e para ouvir. 20/06 @ House of Food / Void Botafogo | RJ
Publicado em 06/2016
Com certeza você tem sal aí na sua cozinha e, nesta semana, a House of Food, na Void de Botafogo, tava cheeeia de sal. Mas esse sal em questão não tem nada a ver com aquele branquinho que tem na água do mar. Estamos falando de Bruno Salgado, vulgo Sal Oliveira, amigo do I Hate Flash. O rapaz, que é vegano e mestre-cuca de primeira, dominou as panelas com um cardápio delis e cruelty free: ceviche de melancia com funcho, sanduíche de almôndega com maionese de coentro, dahl de grão-de-bico com arroz de hortelã e brownie com sorvete.
Além da comida, Sal foi o responsável pela trilha sonora da Void naquele dia, não como o DJ de rock e pop que a gente conhece, mas como o cantor, compositor e instrumentista que a gente também adora. E nem precisa ficar triste por ter perdido a cantoria e os dotes culinários dele, porque está rolando uma campanha de financiamento coletivo para lançar o “The error plot”, primeiro álbum solo do Sal.
Uma galera já teve a oportunidade de conhecer os dotes musicais do moço, que foi vocalista, guitarrista e compositor da extinta banda Phone Trio. Agora é a vez de botar no mundo o disco inteiramente composto por ele, com canções que refletem suas emoções mais profundas de forma simples e pura, no embalo da estética folk e das melodias pop-chiclete. Sal canta sobre a luta diária de um romântico inveterado sem esbarrar na breguice, com referências que nos levam em uma viagem pelo mundo dos singer/songwriters – de Bob Dylan a Jack Johnson, passando por Ben Kweller, Johnny Cash e Noel Gallagher.
A ideia de financiamento coletivo surgiu não só para juntar a grana que vai pagar o disco, mas também para convidar seus amigos e admiradores a se sentirem parte do processo de produção de “The error plot”. E o Sal conhece bem esse feeling porque já participou de diversas campanhas neste formato – dos shows do Queremos! ao piloto de um smartwatch revolucionário.
“Acho que o mais maneiro do crowdfunding é você se sentir parte daquele projeto. Uma das primeiras campanhas de que participei, além das do Queremos!, foi a do lançamento do Pebble, um smartwatch que foi financiado pelo Kickstarter, em 2012. Eu acabei pagando mais na época do que um consumidor paga atualmente em um Pebble, mas senti que investi bem esse dinheiro e fiz parte de uma parada muito foda, uma invenção que mudou o mercado de tecnololgia, já que ele foi o primeiro projeto de smartwatch, o que iniciou a corrida do smartwatch em todas as montadoras de eletrônicos”, lembra Sal, que descobriu a vocação musical na pré-adolescência, depois de passar pela fase de querer ser astronauta, cozinheiro, etc e tal.
“Aos 12 anos eu descobri que sabia cantar e compor bem. Entrei em uma banda como vocalista, e galera gostou muito, mas eu nem sabia que eu cantava bem”, recorda. “Depois comecei a fazer umas músicas e vi que tinha facilidade para isso também. Só então passei a cogitar a ideia de talvez viver disso um dia”, conta.
A campanha para lançar o disco está rolando no Embolacha (aqui neste link), com recompensas que vão desde ter o seu nome na lista de agradecimentos do álbum a um show particular com jantar vegano assinado pelo Sal. O cardápio? Pode ser aquele delicinha que aterrissou na Void no início da semana: ceviche de melancia com funcho, sanduíche de almôndega com maionese de coentro, dahl de grão-de-bico com arroz de hortelã e brownie com sorvete. Estão esperando o que para contribuir, lindxs?