Redesenhando o Crescimento: o PICNIC não acaba quando termina
Festival de inovação deixa desafio para os cariocas: como podemos transformar nossa cidade de maneira criativa e sustentável?
Publicado em 11/2016
Na reta final, o festival de inovação PICNIC Brasil continuou colocando novidades na mesa. No terceiro dia de evento, o Parque Lage abriu suas portas não só para os “picnickers”, mas também para visitantes interessados na Maker Faire. Inventores, programadores, engenheiros, engenhosos e inconformados apresentaram seus projetos na feira que é “um festival de invenção, criatividade e experimentação para toda a família e uma celebração ao movimento maker”, como define a fundadora da Nuvem Criativa, Daniela Brayner, diretora geral do festival e responsável por trazer a primeira Maker Faire do Brasil. Rolou scan facial 3D, instrumentos musicais com objetos inusitados, microscópio que usa a câmera do seu smartphone, uma porrada de robôs e muita diversão para os pequenos.
Na Tenda Futuro, muito se discutiu sobre tecnologia e a cidade. Bia Granja, co-fundadora do youPIX, levantou a bola sobre como o Orkut (sim, ele! Lembra?) foi um agente essencial para a inclusão digital no nosso país, mostrando a cara do verdadeiro Brasil e dando um choque de realidade em quem vivia na bolha. A evolução natural desse processo, segundo ela, resulta em protagonismo, empoderamento e representatividade. “Digital é poder”, diz.
Mitch Altman, hacker inventor do TV-B-Gone, um controle remoto universal que é capaz de desligar a grande maioria de aparelhos de televisão instalados em locais públicos, fechou os três dias de palestras apresentando o conceito dos hackerspaces. Imagina um movimento que já conta com mais de 3.500 espaços colaborativos no mundo dedicados à criatividade e ao “faça você mesmo”, gerando oportunidades para todos. “É onde a inovação de verdade acontece”, afirmou Altman. Impressoras 3D e drones são só dois exemplos de invenções que nasceram em hackerspaces.
O PICNIC Brasil acendeu a faísca da curiosidade em muita gente que participou dos labs e conferências e deixou uma última mensagem no telão: “O PICNIC não acaba quando termina”. Como podemos redesenhar o crescimento de nossa cidade de maneira criativa e sustentável? Essa é uma pergunta que a gente só vai conseguir responder agindo junto.