Queremos: Metronomy
20/11/14 @ Circo Voador | RJ
Publicado em 11/2014
Pra mim o Metronomy é azul. É Verão na rede, com um drink na mão e ventinho gostoso no fim da tarde. Provavelmente essa percepção é pura influência da capa do terceiro (e melhor) CD do quinteto, The English Riviera. Mas, a julgar pela resposta do público no show que os britânicos fizeram no Circo nessa quinta-feira (20), não sou a única que pensa assim.
Mesmo com o álbum Love Letters fresquinho, lançado este ano e com a maior vibe de Era de Aquarius (da capa ao single 'I'm Aquarius' - rsrs), são os hits de English Riviera que nos fazem identificar a banda de cara e era por causa deles que a maioria da plateia estava lá. "Corinne", "The Bay", "She Wants" e companhia estavam na ponta da língua da galera. Ah, "Heartbreaker" e "A Thing For Me", do CD Nights Out, de 2008, também entram nessa lista de favoritas.
O quinteto pisou no palco uniformizado, de camisa jeans, jaqueta azul marinho e calça branca, com uma vibe de veraneio pouco preparada para o calor primaveril do Rio, que eles puderam conhecer melhor nesta segunda temporada por aqui. Foram até à praia e contaram que estavam bronzeados - naquele estilo gringo mesmo, no máximo com as bochechas mais rosadas que o normal. Apesar de o single atual "Love Letters" ter sido a terceira música do setlist, foi só na quarta canção que o público explodiu: "Everything Goes My Way", com direito a mãozinhas para o alto e coro coletivo fã-de-Los-Hermanos-Style.
A frieza britânica passa longe dos caras, mas não pense que eles são fanfarrões. São apenas ingleses. Reservados, cheios de bom gosto e carisma em cada passinho de dança fofo ensaiado. Aliás, no quesito carisma o baixista Gbenga Adelekan ganha disparado não só por ser o mais solto no palco, mas pelo sorriso largo, reboladinhas e baixo incrível - um dos grandes elementos da música do Metronomy. Não foi segredo pra ninguém que ele era o favorito dos cariocas, os gritos de "uhul", "maravilhosoooo" e as palmas quando ele foi apresentado deixaram tudo bem claro. Mas não queremos deixar ninguém com ciúme! Podem voltar sempre e, de preferência, com bastante verão na mala.