O que rola no backstage do Lollapalooza?
Invadimos o lounge que reúne todos os seus ídolos nos mesmos metros quadrados antes (e depois) de cada show
Publicado em 04/2017
O que você acha que tem no backstage do Lollapalooza? Setenta e quatro toalhas brancas de fios egípcios para cada membro do staff, paisagismo com palmeiras vindas dos Emirados Árabes, sofá de 18 lugares de veludo francês em tom pistache, drinks diversos e chef particular com 8 estrelas Michelin no currículo? Fomos investigar e descobrimos que, na real, o clima no geral é bem mais descontraído - o que não significa que não haja mordomias.
Antes de contar o que rola por detrás dos palcos, é preciso explicar que aqui rolam dois tipos de backstage: o primeiro, é o backstage no sentido literal da palavra, que fica atrás de cada palco e é mais usado pelas bandas headliners, que montam seus camarins a pouquíssimos metros de onde vão fazer o show acontecer (literalmente), com acesso beeeeeem restrito – praticamente só eles e os managers conseguem circular lá -; o segundo, é uma área comum cheia de coisas legais, pela qual todos os artistas e suas respectivas equipes (inclusive os headliners) circulam, é tipo o pátio do colégio na hora do intervalo, só que com gente grande que arrasta milhares de fãs pelo mundo – e foi nesse aí que a gente entrou.
E o que os artistas fazem por lá? A galera do Two Door Cinema Club, por exemplo, resolveu aproveitar pra cortar o cabelo e garantir que vai subir ao palco nos trinques. Mas também dá pra fazer massagem, jogar totó (ou pebolim, tanto faz) e fliperama, fazer um penteado, dar um jeito na barba, retocar a maquiagem, tomar bons drinks e até fazer uma tatuagem!!! “Ah, para! Ninguém faria uma tatuagem assim, do nada!” Pois fique sabendo que só ontem (25) mais de vinte pessoas se rabiscaram para sempre, incluindo os integrantes do Cage The Elephant, que quiseram eternizar essa passagem pelo Brasil na pele. Fofos!
Se sentir que precisa de uma dose de coragem pra tatuar, o espaço tem open bar com vários tipos de tequila – e, olha, a galera curtiu, viu? Só nesse sábado foram feitos mais de 300 drinks em 8 horas! Se contarmos que nas duas horas de show do Metallica o espaço ficou praticamente vazio (afinal, g-e-r-a-l queria assistir ao espetáculo), a média foi de, praticamente, 50 drinks por hora. Uau!
E sabe o que nós fizemos lá? Nada, só trabalhamos mesmo – e tomamos um picolé de jabuticaba na saída, pra não perder a viagem, sabe como é.