Mistura mais que a gente gosta!
Madureira foi escolhida para abrigar o segundo dia do festival #dáprafazer, da Rider, que reúne os maiores fazedores da cidade
Publicado em 03/2017
Mis-tu-ra. Não dá pra descrever o que rolou nesse sábado (25) em Madureira sem usar essa palavra.
O bairro, que é conhecido por ser um dos maiores pólos de comércio do Rio, já abriga naturalmente gerações e gerações de uma galera que põe a mão na massa e faz acontecer. O Mercadão de Madureira e o comércio local – formal e informal – tão aí e não deixam mentir. Durante todo o evento, barraquinhas novas, trazidas pelo evento, e as antigas, que sempre estiveram ali, ocuparam a mesma calçada, venderam pro mesmo público e mostraram que quem quer, dá seu corre e faz acontecer.
E, como parte dessa grande mistura, as atrações fizeram jus ao berço do jongo, do samba e do charme. Afinal, Madu é muito mais do que plural. Jesuton, os DJs Jimmy Jay, Lin, Tamy e todas as outras atrações deram o tom no Palcão, que ficou bem ali na frente do mais novo point do bairro, a Void. Lei di Dai chegou pra mostrar que o berço de tantos ritmos também tinha lugar pro seu ragga no estilo brasileiríssimo.
Do outro lado do Viaduto de Madureira, a Du/To abrigou os papos mais inspiradores do dia. Ainda de tarde, a coletiva Raxa organizou uma conversa sobre empreendedorismo feminino com Eliane Dias, que comanda a Boogie Naipe, e Ana Paula Paulino, do querido Heavy Baile. Na roda medida por Jeanne Yépez, Eliane dividiu sua história à frente da Boogie e os desafios que viveu com os Racionais MCs desde 2012. Falou também sobre como é importante “estudar e se preparar” pra fazer bem feito, com profissionalismo e estar sempre um passo a frente. E foi unanimidade: cada mina que saiu dali estava com vontade de botar a mão na massa e tirar algum projeto foda do papel. Mulherão da porra, saca? Inspiração purinha.
O Cinemão do dia foi ao ar livre, no terraço da Du/To. Pra continuar a programação inspiradora, onze atrações audiovisuais que são desconstrução na veia. O curta “Rainha”, de Sabrina Fidalgo, trouxe a história de uma aspirante a rainha de bateria que enfrenta seus desafios pra conquistar seu sonho. Já “Cabelo Bom”, de Claudia Alves e Swahiili, reuniu três mulheres pretas e suas histórias de quem carrega na cara a sua bandeira.
O Circo, montado bem embaixo do Viaduto, foi mais uma vez a casa das marcas que estão dando o que falar na cidade. A Barbeiragem foi a responsável por fazer a cabeça de quem estava a fim de caprichar no visual. Já a trupe da Bananobike liderou um bate-papo sobre inovação e ocupação do espaço público, além, claro, de comandar a batalha do passinho que rolou logo cedo, com DJ Seduty.
Se você deu mole e ainda não foi conhecer o evento mais fazedor da cidade, não dá mole e anota: nos próximos dois sábados tem mais #dáprafazer em Caxias e no Recreio. Dois eventos pra se inspirar com quem mete a cara pra você correr atrás e fazer acontecer também! As novidades e programação rolam sempre na página da Rider no Facebook, confere aqui!