Mahmundi no Rival

A primeira música foi “Desaguar”, depois veio “Calor do Amor” e aí todo o EP “Efeito das Cores”. Veio um amigo falando “Essa menina Mahmundi é muito boa, a nova Marina Lima”. Veio um show na Comuna, outro no Studio RJ, algumas cervejas e a certeza de que essa menina Mahmundi é muito boa e vai ganhar o mundo. 

No último dia 28, ela e seus fiéis companheiros Felipe Vellozo e Lux Ferreira ganharam o palco do Teatro Rival, no aguardado show de lançamento de seu (muito) aguardado disco homônimo e elogiadíssimo. Era a vez da moça nascida e criada em Marechal Hermes mostrar para a galera de casa o que andou fazendo nos últimos quatro anos, primeiro em sua casa carioca e, nos últimos meses, na nova moradia paulistana.

A fila dava voltas na Cinelândia mesmo duas horas antes do início do show gratuito. A casa lotou – lotou real, uma galera fã de carteirinha, que acompanha Marcela desde seus primeiros acordes na igreja de Marechal, ficou do lado de fora e, mesmo assim, estava felizona pelo sucesso dela. E lá dentro... Vozes em uníssono cantando todas as faixas do CD e as versões que já são clássicos dos shows de Mahmundi, como “Corre, Corre” - originalmente cantada por Rita Lee. 

Toda a energia boa que Mahmundi manda pra tanta gente parecia estar reunida ali, sendo “devolvida” em dobro. Apesar de leonina, a moça é tímida e tenta disfarçar fazendo graça, para alegria de todos e felicidade geral da nação. Beijos, abraços, selfies, autógrafos, “sou seu fã”, “amo suas músicas”, gente comprando o CD (coisa que, em 2016, é prova de amor verdadeiro). 

Quê? Olhos marejados de orgulho? Não, magina, é que caíram alguns ciscos nos nossos olhos, sabe, aí já viu, né...