I Hate Tour '14 - New York Trip
Fotos e dicas das férias de verão de nossos fotógrafos na maçãzona!
Publicado em 08/2014
Dia 1
A primeira coisa que você faz quando chega em NYC é arrumar uma bike. Essa aí custou 75 dolares, mas também tem o esquema tipo bike-itaú-rio na cidade inteira. Se vira, por que faz diferença.
O rolê: passada na B&H pra torrar uma grana em equipamento fotográfico. O lugar é uma Disneylandia pra qualquer jovem hater!
Seguindo pra larica em Gotham Market, mercado com comidas diversas, vários tipos de cervejas e wi-fi 0800. Mandamos o hotdog do Cannibal Dog: alho, cebolinha, salsa da casa e carne moída. Bacana, mas overrated pro preço de 15 dolares. De qualquer forma, valeu. Fome matada, despencamos mais de 100 ruas pro norte e chegamos no Harlem. Aqui é street wise, style máximo, vibe subúrbio.
Agora mais 100 ruas pro sul, na beira do rio, já cansados de pedalar e ensopado da chuva de verão, chegamos ao Corner Bostrô. Meio pub, meio Cervantes. Burguer Top, preços bem razoáveis e um cadência te servindo cerveja enquanto assiste baseball.
Bem do lado tem o Magnólia Bakery. Pedimos o tão falado "banana pudim". Puta que pariu, what a pudim... até agora não tô entendendo nada. Puxamos a saideira no Cake Shop, bar com música ao vivo e loja de discos. É interessante, mas estava vazio e não deu pra sentir tão bem qual era a do lugar. O show no subsolo tinham umas 5 pessoas. Foi engraçado assistir com a família dos músicos.
Depois, bem mal das pernas, uma pedalada bêbado pra casa / hotel
Dia 2
Acorda, se arruma e vai. Dessa vez sem bike: as pernas não aguentam e andar nessa cidade também é nice. Compramos um cookie da Levain Bakery, dica do livro "Guia Broke Ass Stuart Para Viver com Pouco Dinheiro em Nova York", que A Bolha editora vai lançar em breve. Segundo as palavras do próprio autor sobre o cookie, "se você quer garantir uma foda, esse biscoito vale mais que um buquê de rosas".
Com o cookie na mão, cruzamos de west pra east no Central Park. O parque é enorme, no meio da cidade. Vale se perder lá dentro.
Em seguida, Whiney Museum de arte contemporânea americana atual. Estava rolando expo do Jeff Koons, retrospectiva do artista que cresceu paralelo à pop art do Warhol e Basquiat (também tem pinturas deles lá, no acervo do museu). Acabamento impecável da expo, com esculturas, pinturas em óleo e ícones da cultura do consumo, como o Michael Jackson com um macaco no colo.
Alí do lado achamos o Shake Shack. Fast food um pouco menos (será?) zoado em NYC. Mandei o clássico da casa com batata: pão SUPER mácio (aquele de batata, sabe?) e uma carne bem mais generosa e saborosa que as outras.
Pós no Brooklyn: pegamos o metrô na em direção a linha L (cinza), que cruza para o lado descolado da cidade.
No Brooklyn, dando uma volta pelo parque, achamos a Rough Trade, loja de disco carimbada. Vários discos relançados, acervo muito bom. Mas se você compra essas coisas, vai sair pobre. Tour rápido para não perder o por do sol que já começava a rolar do lado de fora, aproveitei o wifi pra mandar aquela foto no instagram.
Perto fomos ao BBQ Blowout - eventinho com um chef convidado fazendo um "churras" pra galera no jardim de um bar. Costelinha, cerva, sorvete... tudo por 10 dolares. E daí já saimos tortos pra outro bar: Lucky Dog. Música boa e vários cachorros soltos. Enquanto fazia carinho em um dog, uma gatita me deu mole.
Subway de volta pra casa, funciona 24 horas. Na madruga eles demoram um pouco mais, lembre de mijar no bar ao sair pra não dar uma de brasileiro na rua.
Texto por: Eduardo Magalhães e João Casotti
Dia 3
O terceiro dia da trip já teve uma onda mais turística. Fomos ao tão conhecido High Line, antiga linha de trem que virou um parque suspenso no West side da cidade. E alí foi só um caminho para o nosso verdadeiro destino final. O Chelsea Market.
Enfim chegamos ao tão famoso mercado da larica, são muitas opções, desde o sanduíche de lagosta que eu preferi não mandar até o Chilli Dog da loja mais foda pra mim do pico todo: O Dickson's Meat. Pra você que curte realmente uma carne bem preparada, lá é o lugar. Uma espécie de açougue com restaurante, você pode comprar a consumir o que quiser. E é claro, mandei mais um Hot Dog pra começar bem o dia.
Achei um lugar (um pouco caro) mas talvez o mais maneiro da viagem. Um Barber dentro do mercado com um coroa muito foda na porta pronto para pegar sua bota suja da caminhada e mandar ver no brilho. Eu estava de tênis e sem grana pra cortar o cabelo, mas fica a dica pra quem quiser dar uma aparada nos mullets.
Andando pelo Chelsea dá pra sentir a onda do local. Muitas referências "moderninhas" mas nada que chegue aos pés do Brooklyn. Bairro legal para curtir uma tarde trabalhando em um dos cafés que tem por alí (são muitos).
Apesar de ter comido como um monstro me deparei com um lugar que recebi altas recomendações: o Artichoke Pizza. Engraçado como a cidade abriga esses lugares muito característicos como um restaurante que a galera vai basicamente comer pizza de alcachofra. Mandei vê na fatia com um copão de cerva pra fechar o dia. Não aguentava mais comer... até chegar em frente ao Magnólia Bakery (aquele que nós mandamos o Banana Pudim outro dia, lembra?), foi aí que eu descobri a torta de Cranberry. Puta que pariu! Que torta. Sentamos no Washington Park (bem pertinho) e curtimos o fim de tarde antes de pegar o metrô e partir pra descansar para o próximo dia: Show do Blood Orange no Central park.
1º dia
No primeiro dia, fomos dar uma volta pelo Brooklyn Bridge Park, um lugar com uma vista maravilhosa da ilha de Manhattan e ponto turístico obrigatório pra quem nunca foi pra NY. E caso você tenha interesse de explorar ainda mais, ha possibilidade de embarcar em um pequeno cruzeiro pela costa de Manhattan.
2º dia
No segundo dia, visitamos o famoso High Line Park, que vai de Gansevoort St até o Meatpacking District. E no verão é um ótimo lugar de passeio, com vendedores de delicias ótimas para o verão como picolé e cerveja, além de uma bela vista para as ruas ao redor do parque. O único ponto fraco do lugar é que não é permitido andar de bicicletas, o que é até plausível já que o parque é corredor apertado com muitos turistas. #sefodeaímagalhães
Após nosso passeio pelo High Line, descemos em Meatpacking, que leva esse nome pelo fato de em 1920, por ser um bairro perto do mar, ter sido utilizado como um distrito de processamento, importação e exportação de carne animal. E a partir de 1990, o Meatpacking como todos conhecem, se tornou um dos bairros mais famosos pelos hotéis, baladas e lojas de grife.
Logo depois de passar rapidamente pelo Meatpacking, peguei o metrô pela primeira vez em NY com destino a Battery Park. #metrosujinhoequente
3º dia
No terceiro dia, demos um pulo rápido na estação de trem mais famosa e deslumbrante, cena de vários filmes, a Grand Central Station.
Ficamos um tempinho por lá tirando fotos, e fomos andando para o Rockefeller Center, subimos até o Top of the rock, e como qualquer turista em sua primeira vez em NY, se perde o fôlego em ver uma skyline tão foda. Com vista 360 graus pra cidade inteira, vale cada centavo, algo em torno dos 30 dólares, subir lá.
A noite, nosso amigo nova iorquino, Mike, nos levou para jantar, e fomos sem expectativas para como foi descrito para nós ‘’um jantar meio burlesco’’.
Já posso começar dizendo que nunca vi algo igual na minha vida, e que foi definitivamente além de uma ótima experiência, o ponto alto da viagem.
Já ao entrar no lugar, eles dão drinques na escada, e começam a olhar para as pessoas e seleciona-las. Me separaram da minha namorada, e me levaram para um corredor, onde me mandaram fechar os olhos, e uma mulher sussurrou ‘você é bom em receber ordens?”, confirmei, e quando abri os olhos, tinham cinco mulheres em uma fila, e cada uma me fazia um desafio, tipo ‘me mostre uma marca do seu corpo’, ‘grite mais alto que puder meu nome’ e ‘me conte um desejo sexual’. Após todos cada um, elas escreviam uma letra no meu pulso, totalizando uma palavra. Antes de sair pela porta final, me perguntaram a senha. Falei a escrita no meu pulso, DEVOUR. Logo após voltei para a área do bar, quando todos nos reencontramos e fomos sentados em uma mesa.
Começaram apresentações com estilo circense com um toque de dominatrix, que duraram pela noite inteira.
E na hora de servir o jantar, com uma entrada fenomenal, as lagostas em gaiolas, os porcos inteiros com maças na boca, e mil outras variedades. Cada mesa recebia um tipo de banquete, e se quisesse outro tipo, devia ir na mesa do lado com comida fazer uma troca. super interessante.
A sobremesa no final da noite, foi dada na saída; aonde você se segurava em um móvel, abria a boca, uma mulher segurava uma colher com um pedaço de bolo de chocolate, e na hora que um homem te dava uma chicotada, ela botava o chocolate na sua boca. Opcional, claro.
Acredito que essa historia final, da uma luz do que é esse intenso e peculiar lugar chamado Queen Of The Night.
Texto por: Giselle Dias e Wesley Allen