FLASH HATERS FAZEM PERGUNTAS ALEATÓRIAS PARA BK'
A gente quis saber sobre inspirações do rapper, curiosidades do trampo e também algumas bobagens
Publicado em 09/2019
O BK' já é de casa, tá sempre nos rolês com a gente e ficamos felizaços de assisti-lo estreando no Rock in Rio! Uma parte da nossa galera que está cobrindo o festival mandou algumas perguntas para o rapper responder antes de subir ao palco.
Marcelle Tauchen, fotógrafa: Me conta mais sobre a capa do seu último disco?
BK': É uma mistura de dois trabalhos do Maxwell Alexandre, o "Pardo é Papel" e "Reprovados". A arte original tem três metros! O álbum "Gigante" conta várias histórias. Na arte, são várias pessoas com a máscara do meu rosto. Sou eu contando todas aquelas histórias ali. Os desenhos são de lugares que estão na minha vivência musical.
Marcondes, coordenador de vídeo de marcas: Uma cor? Um filme? Você pularia de paraquedas?
BK': Preto. Hurricane - O Furacão. E Deus me livre, não pulo de paraquedas! Avião já é difícil. Cada vôo é uma quase morte!
Marcelo Mattina, coordenador de foto comercial: Qual é o clipe que você mais gosta da sua carreira? E o clipe de outro artista?
BK': Meu clipe favorito é o de "Julius", disparado. Foi o mais difícil de fazer. Tomei oito tiros, tá ligado? Sendo de festim ou não, é uma pistola apontada nas costas. Foi a primeira vez que a gente usou efeito especial e teve toda uma coreografia.
Um clipe internacional que gostei muito é o de "This is America", do Childish Gambino. Tem muita coisa ali pra discutir e descobrir. Ele abre várias interpretações.
Lucas Cellier, fotógrafo: Considerando que você lançou seu primeiro disco há apenas três anos e agora está no maior festival do Brasil, como está reagindo em relação ao amadurecimento e ascensão da sua carreira?
BK': Foi o Cellier mesmo que perguntou? Pô! A gente se prepara muito para chegar nesses lugares. Desde o momento que entrei no estúdio, eu já sonhava com isso: palco grande, festival grande. É ver que a gente tá criando um caminho bom, fazendo uma parada maneira. É se manter focado e não se emocionar, para manter o pé no chão e poder continuar construindo as coisas. A gente tá no Rock in Rio porque entregamos dois discos maneiros. Se a gente começar a achar que é o dono do mundo, não vamos mais fazer trabalho bom e não vamos mais estar nesses lugares bons. Procuramos crescer de forma saudável, mantendo a essência do trabalho. Valeu Cellier! Beijo!
Carol Caddeo, coordenadora de foto artística: Arroz por cima ou por baixo do feijão?
BK': Por cima. Nada a ver colocar arroz por baixo do feijão, mano.
Fernanda Tiné, fotógrafa: Quais são suas referências fora da música?
BK': Eu tô tendo muita sorte de trabalhar com muleques que acho foda. Tem o Denzel Gordo que é designer e artista plástico, o muleque é incrível. E também o João Pé de Feijão, que tá fotografando comigo agora. A gente tá conseguindo se alimentar um do outro. Eu tô passando uma parada maneira pra eles na música e eles me devolvem de outra forma. O próprio Maxwell Alexandre, a gente é muita referência um pro outro. Tenho muitos amigos incríveis do meu lado. Fico muito feliz com isso.
Derek Mangabeira, fotógrafo: Já pensou em seguir alguma outra carreira? Se sim, qual?
BK': Antes eu trabalhava com vídeo. Se a música não acontecesse, eu continuaria trampando com isso, que era uma parada que eu era bom e me dava bem. Eu filmava e editava. E eu não sei se quero estar daqui 20 anos rimando ainda. Penso em empresariar alguns artistas, tô conhecendo muito esse rolé do business da música e tô curtindo. Talvez eu me dedique em pegar um artista e fazer ele bombar.
Juliana Santos, coordenadora de mídias sociais: Com quem você gostaria de dividir o palco aqui no Rock in Rio?
BK': Seu Jorge e Djavan. Até desmaio se divido o palco o Djavan. Descobri que sei mais músicas dele do que de Racionais. No último show, cantei todas. Sou muito fã mesmo. Fora eles, já dividi com meus dois maiores ídolos do rap: D2 e Mano Brown.
Leo Neves, coordenador geral: Qual é seu desenho animado favorito? E qual disco de rap nacional você recomenda que eu ouça?
BK': Gun Grave ou Samurai X. E vou recomendar um disco da minha banca mas que, pra mim, foi um dos melhores nacionais desse ano: Slow Flow, do Sain.
Jeanne Yépez, produtora: Qual é a sua memória de infância favorita? Qual disco nacional, que não seja de rap, você recomenda que eu ouça?
BK': Eu era muito novo e tava vendo um anime do Samurai Shodown com meu irmão. Minha mãe não queria que a gente visse. Lembro dela dizendo: "Ai, não vê essas coisas não, que é coisa do demônio" e foi isso. Recomendo Músicas para Churrasco Vol. I, do Seu Jorge.
Francisco Costa, coordenador geral: Você gosta de mim? Como está sendo rodar pelos festivais do Brasil? Qual é seu tênis favorito?
BK': Não gosto muito de você. Tô felizão em estar nos festivais! Quero que, daqui pra frente, a gente consiga estar em mais festivais grandes e em outros lugares. A meta é estar em tudo que é lugar. Meu tênis favorito do momento é o Adidas Yung 1.
Filipe Marques, fotógrafo: Qual seu sabor de pizza favorito?
BK': Calabresa classicona com cerveja. Tem que ter cerveja junto.
Vinícius Nascimento, gestão logística: Qual é a sua maior inspiração artística?
BK': Vivência. Gosto muito de dar rolé por causa disso. Gosto de viver a rua. Me inspira a criar conceitos novos. Tudo vem dali. Até as referências das grandes marcas vêm do underground. Se a gente vive nosso rolé, a gente se inspira daquilo ali. É na nossa essência que tá o baú do tesouro.
Bléia Campos, fotógrafa: Por que BK'?
BK': Meu nome é Abebe Bikila. Quando eu morava em Jacarepaguá, ninguém conseguia falar. Meu apelido virou BK quando eu tinha uns 13 anos de idade.