Entre o geek e o cool: saiba como foi a 1ª edição carioca do PICNIC
Depois de revelar fundadores do Twitter e Skype, maior festival de inovação da Europa chegou ao Brasil
Publicado em 11/2016
Depois de dez anos bombando na Europa, finalmente chegou ao Brasil o PICNIC, festival bacana que mistura inovação, tecnologia, criatividade e negócios e que já revelou para o mundo talentos como os fundadores do Twitter e do Skype. Criado em Amsterdã, na Holanda, e trazido ao país pelas empresas Nuvem Criativa e Global Intelligence Group (GIG), essa foi a primeira de cinco edições brasileiras do evento, começando pelo Rio de Janeiro. O local escolhido foi o Parque Lage, lugar que é um dos preferidos pelos cariocas para fazer piqueniques. Desta vez, o verde da natureza dividiu espaço com miniaturas de robô e outras estruturas metálicas.
Logo na entrada, a decoração do espaço de convivência lembrava aqueles acampamentos de férias norte-americanos, com suas mesas de madeira e, acreditem, piscinas de bolinhas. O público, entre o geek e o descolado, se reuniu para assistir aos eventos, que se dividiu entre os laboratórios e as conferências. Um desses labs que o I Hate Flash foi conferir tratou do tema “Mobilidade urbana para cidades mais sustentáveis” e foi apresentado pela palestrante Ana Nassar, do do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento.
Distribuídos como numa sala de aula, os participantes receberam fotos de diferentes cidades e modais. Com isso em mãos, foram questionados pela palestrante: “se você pudesse escolher uma parte da cidade para representar quem você é, qual seria?” e “o que você faz na cidade?”. Todo mundo saiu com uma pulga atrás da orelha para repensar o desenvolvimento urbano.
Outra parada bem comentada no primeiro dia de festival, quinta-feira (03), aconteceu na Tenda Futuro: a conferência de H.D. Mabuse, consultor em design do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife, que apresentou o programa Playtown, baseado no Recife Antigo. Em convênio com a prefeitura da capital pernambucana, o projeto discute como a cidade pode ser mais democrática, integrando arte urbana, fotografia analógica e design. Por lá, são três eventos que se completam: Workshop Cidade Lúdica, Hackathon e Laboratório de Imersão. Mabuse citou o exemplo das praças, com seus perigos e confortos, para “promover o engajamento da sociedade na construção participativa de artefatos lúdicos urbanos”. O objetivo é que as pessoas tenham acesso gratuito ao espaço e possam interagir e se divertir com equipamentos, arte, mobiliário etc.