Dia da Mulher - As minas do I Hate Flash
Conheça algumas das moças que colocam a firma para funcionar
Publicado em 03/2016
Jeanne Yépez, produtora
"Alô, alô, graças a Deusa! Meu nome é Jeanne Yépez, tenho 25 anos, sou vegana há dez, feminista e trabalho como produtora no I Hate Flash há cerca de um ano. Também produzo a festa Manie Dansante, o Karaogay, a SoMar+ e trabalho como hostess em diversas nights, como a Doom e Wobble, por exemplo. Junto com minha parceira de crime e de vida, Julha Gameiro, tenho tocado uma iniciativa mais inclusiva nos line-ups dos eventos que produzimos aqui na firma, colocando sempre DJs mulheres para tocar nos eventos. Assim, a gente acaba ampliando a rede de minas que produzem e tocam, mistura mulheres de diversas origens e com trajetórias totalmente distintas. Sabemos que juntas nós somos mais fortes e vamos mais longe. Bora! Vem na nossa!"
Marcella Zamith, fotógrafa colaboradora
"Tenho 22 anos e trabalho há um ano e três meses com essa vibe em forma de galera. Foi assim que descobri o que eu amo fazer: clicar! Como única fotógrafa colaboradora mais ativa no I Hate Flash, de quase 30 homens fotografando, mostrei que nós, mulheres, podemos, sim, correr atrás dos nossos sonhos. Também me descobri feminista há alguns meses, quando comecei a observar o quanto algumas situações me incomodavam: comentários de amigos, atitudes de caras nas festas, encontros de familiares... Isso me fez querer lutar pelos meus ideais, pela minha liberdade. Mudamos a sociedade militando ao nosso redor. De pouquinho em pouquinho, de conversas pequenas aqui e ali, vamos abrindo a mente do próximo, e inclusive a nossa. Descobri que eu amo ser mulher."
Nina Lua, atendimento
"Já atendi de circo a surfista, de programa ambiental a operadora de telefonia, e cá estou, aos 24 anos, odiando amar esses 30 loucos. Dentro e fora do QG da firma, eu me empodero nos atos cotidianos: quando não me obrigo a tomar pílula por ninguém (não vejo problema quando se trata de uma escolha), quando não abaixo a cabeça para um 'psiu' na rua ou quando lido diariamente com clientes, fornecedores e fotógrafos homens e sei que estou em pé de igualdade com eles para argumentar, negociar ou colocar minha ideias. É muito bom trabalhar com tantos haters esclarecidos, sendo respeitada sempre. Além disso, debato sobre o papel das mulheres no mundo entre meus amigos e observo os bons exemplos de pessoas próximas que me inspiram."
Julha Gameiro, produtora
"Vinte e cinco anos, vegana, feminista e responsável pelas produções do I Hate Flash: festas, fotos, vídeos e o que de mais insano essa galera resolver aprontar. Ano passado, em meio a muitos questionamentos de como ser mais eficaz na causa feminista, eu e a minha comadre de fé Jeanne chegamos à conclusão de que devíamos começar por onde tínhamos algum tipo de influência. Então passamos a fazer eventos com lines equilibrados, dando mais visibilidade às mulheres que atuam na noite carioca. O resultado foi muito lindo de se ver! Tem muita mina poderosa que fica sendo abafada por uma estrutura machista. Lógico que esse foi só o primeiro passo, e pretendemos criar cada vez mais ações para deixar a noite mais feminina. Vem mais coisa aí! Fiquem de olho."
Juliana Santos, coordenadora de mídias sociais
"Flertava com I Hate Flash como colaboradora faz tempo e, esse ano, aos 29, finalmente virei flash hater. Trabalho com o combo arte+comportamento+moda e acredito que cada palavra que escolhemos, cada foto que selecionamos, tudo precisa transmitir os nossos valores, aquilo em que acreditamos. Produzir conteúdo é ler e reler a mesma frase 300 vezes para ter certeza de que a gente está passando uma mensagem maneira. Considero meu dever problematizar a forma como a mulher é retratada, tentar afastar cada deslize machista que ainda possamos carregar, fruto de uma herança que infelizmente temos. 'Isso é besteira' e 'Ah, o mundo tá chato' não tem vez. A vibe é desconstruir sempre e empoderar a mulher todo dia, em cada detalhe".
Nina Cohen, editora-chefe
"Sou a mais nova flash hater e cheguei para coordenar a produção de conteúdo jornalístico do site. Antes disso, trabalhei no jornal O Globo, no Jornal do Brasil e na revista Vizoo, e sempre fui uma carioca louca pelo universo jovem, por cultura pop e tendências da web. De uns anos para cá, descobri também o gosto pelo feminismo e por histórias de mulheres extraordinárias. Tenho 28 anos e acredito que ler e propagar as ideias de moças inspiradoras é uma das melhores formas de contribuir para uma sociedade mais igualitária. Portanto, preparem-se para ler por aqui muitas reportagens sobre mulheres incríveis - tanto aquelas que nasceram com vagina quanto as que não nasceram. Somos todas iguais."
Beatriz Medeiros, repórter
"Cheguei no I Hate Flash há pouco mais de um ano para escrever, e é escrevendo que eu vivo. Moda, música, noite, entretenimento e direitos humanos são meus alvos. Tenho 25 anos e acho que sempre fui feminista, eu só não sabia disso. Certo dia, no carro, a caminho de uma festa, minha mãe falou que minha irmã não poderia ir a tal lugar sozinha porque era menina. Eu a questionei e, no meio da discussão, ela disse: 'Beatriz, você é muito radical. Você quer ser a palmatória do mundo?'. Prontamente, respondi: 'Hoje você trabalha no que gosta e pode usar calça jeans porque alguém foi a palmatória do mundo. Então, se for para ter alguma conquista para mim ou para qualquer outra mulher, eu vou ser a palmatória do mundo'".