Por que novembro azul?
I Hate Flash + Brechó Replay colocando de lado o estereótipo masculino para mostrar a fragilidade do homem no mês de conscientização do câncer de próstata e outras doenças negligenciadas pela classe.
Publicado em 11/2017
São mais de 60 mil casos novos por ano. São mais de 13 mil mortes no mesmo período. É a segunda doença com maior incidência em homens brasileiros. Ao mesmo tempo, em 95% dos casos diagnosticados precocemente a cura é atingida, segundo dados atualizados do Ministério da Saúde. Basta se tocar e ser tocado. Literal e fisicamente.
Mas antes de entrar no consultório e enfrentar o câncer de próstata com coragem, o homem precisa consultar a si mesmo, consultar seus preconceitos, seus conceitos e seus medos. Campanhas são bem-vindas, como o Novembro Azul. Movimento que utiliza exatamente um símbolo cromático que representa o que há de mais arcaico para exibir a fragilidade de cada um de nós, homens.
Antes de tirar nossa roupa diante do médico, precisamos nos despir de estereótipos que se transformam em barreiras, nos cegando diante de uma doença que mata.
Ela mata o hetero, o gay, o trans, o fluid gender. O câncer, não é azul, nem rosa.
Iniciativas como o Novembro Azul, do Instituto Lado a Lado pela Vida, ou a arrecadação conquistada pela ONG Rio Abrace na nossa campanha anterior, são pedras fundamentais nesta batalha diária. Seja seu pai, seu irmão, seja executivo, operário ou taxista. Seja você, seu melhor amigo, seu crush ou seu namorado. Seja consciente. Não seja uma estatística.
Fotografia: Lucas Sá
Produção: Jeanne Yépez
Produção de moda: Brechó Replay
Texto: Pedro Wilmersdorf
Beleza: Piu Gontijo
Ombro amigo: Derek Mangabeira