Marcha da Maconha
Pela liberdade d@s noss@s pres@s, em memória de noss@s mort@s. Legalize!
Publicado em 05/2015
Texto por coletivo Marcha da Maconha SP
Sábado, dia 23 de maio de 2015 foi um dia histórico na cidade de São Paulo. Milhares de pessoas ocuparam as ruas – quiçá - no maior ato já ocorrido no Brasil a favor da legalização da maconha. O eixo escolhido pela Marcha da Maconha este ano foi: “Pela liberdade d@s noss@s pres@s, em memória de noss@s mort@s. Legalize!”
Não faltam motivos para provar que a hora da legalização chegou. Cada pessoa que compareceu tem suas razões para defender a causa, juntamente com grupos e coletivos organizados que levantaram suas bandeiras pedindo o fim desta enorme hipocrisia: a proibição da maconha. Teve Bloco Feminista, Bloco da Liberdade, Bloco da Diversidade (LGBT), Bloco Medicinal, Mães pela Legalização, Bloco da Fumaça, Kaya Na Gandaia, Bloco da Esquerda Canábica, entre outros...
As principais bandeiras pró-legalização são:
- contra a criminalização da pobreza e repressão policial na periferia
- direito ao próprio corpo e respeito às escolhas
- uso medicinal e industrial
- uso recreativo
- liberdade ao cultivo
- uso religioso
- contra a corrupção e o financiamento de organizações criminosas pelo tráfico oriundo da proibição
Outras bandeiras também apareceram, como o desejo de liberdades individuais e contra as repressões sociais que também matam: o machismo, racismo, homofobia, a legalização do aborto, além da repúdio à redução da maioridade penal.
A concentração do ato foi no MASP, com uma programação de aulas públicas trazendo o tema da guerra às drogas, da redução da maioridade penal e da própria legalização da maconha. Informação é a chave.
Exatamente às 16:20, a Marcha da Maconha saiu do MASP rumo ao centro. Antes de virar na Augusta, milhares de pessoas sentaram na rua e, em contagem regressiva, acenderam seus becks num grande maconhaço coletivo, em um ato simbólico contra a hipocrisia.Em seguida, a Marcha continuou e desceu a Augusta, depois virou pra Consolação, passou em frente a Praça Roosevelt e enfim terminou no Largo São Francisco, em frente a Faculdade de Direito da USP. Lá aconteceram os shows de encerramento com artistas que apoiam a legalização como Flora Matos, MC Sombra, Seiva Roxa, 50g, Msário, Caiuby, Buyaca San e Kasdub Sound System.
Mais um vez o coletivo da Marcha da Maconha fez o “Desconvite à Polícia Militar”, uma vez que quando “não tem polícia, não tem violência”. Assim, a Marcha seguiu pacificamente em clima festivo durante todo o trajeto, acompanhada de muita alegria e música dos blocos de carnaval, sem qualquer atrito com a PM. Viva a paz!
No mais.... Legalize já!